Policiais civis do Pará estão sem coletes à prova de bala; equipamentos vencidos foram devolvidos

Em manifestação ocorrida ontem, correram rumores de que Secretaria de Segurança Pública teria coletes guardados, mas não há confirmação.

07/05/2024 12:00
Policiais civis do Pará estão sem coletes à prova de bala; equipamentos vencidos foram devolvidos
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manifestação anunciada pela Associação e pelo Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Pará ocorreu ontem, conforme prevista, em cumprimento à decisão de assembleia geral extraordinária conjunta, na Delegacia-Geral de Polícia.  A decisão previa a entrega de coletes de proteção balística com prazo de validade vencido. Durante o evento, um rumor - não confirmado - chamou a atenção: dava conta de que, enquanto a Polícia Civil é obrigada a devolver coletes vencidos, a Secretaria de Segurança Pública os tem de sobra, no almoxarifado.


Seguidas promessas do governo do Estado beiram o limite da paciência da categoria, que promete aguardar mais sete dias/Fotos: Divulgação.

Pelo sim, pelo não, embora desde a última sexta-feira o efetivo policial civil esteja desprovido do equipamento de proteção, a iniciativa de ontem foi considerada pelas lideranças do movimento “parcialmente atendida” O equipamento proveniente da Secretaria Nacional de Segurança Pública é cedido para a Secretaria de Segurança do Pará, que o distribui, segundo a conveniência e a necessidade, entre as forças de segurança do Estado. Coletes tamanho “G”, masculinos, também continuam em falta.


Foi uma manifestação “legítima, pacífica e ordeira”, segundo os promotores, voltada a garantir o equipamento necessário à segurança dos policiais civis e sensibilizar o governo do Estado com relação às demandas da categoria - melhores condições de trabalho e valorização salarial, que vem acumulando perdas nos últimos cinco anos.

 

Prazo: pedido aceito

 

Uma comissão representativa dos policiais foi recebida pelo Delegado-Geral, que se comprometeu a dar andamento às reivindicações, enviando ao governo, até o dia 14, projeto de lei tratando do aumento de 10% em uma gratificação anunciado pelo governador em maio de 2023, mas até hoje ainda não implementado, bem como dar celeridade aos projetos que tratam da progressão funcional e das reposições inflacionárias. A categoria vai aguardar posição até 2 de junho.


Cinco anos de perdas

Dados da Associação e do Sindicato da Polícia Civil que circularam ontem apontam que, nos últimos cinco anos, a categoria somente foi beneficiada apenas na data base do funcionalismo público no ano eleitoral de 2022. Desde então, sofre com perdas inflacionárias que se acumularam em aproximadamente 27% e teve sua contribuição previdenciária aumentada de 11% para 14%. Além disso, em 2023, viu investigadores, escrivães, papiloscopistas e o corpo administrativo da Polícia receberem 15% de reajuste salarial. Ao mesmo tempo, assistiu ao anúncio feito pelo governador, na data de 23 de maio de 2023, de que sua gratificação de exercício de direção de Polícia Judiciária seria aumentada de 10% para 20%.

 

Promessas ao vento

 

Contudo, passados quase doze meses do anúncio, feito pelo governador nas redes sociais - ao lado da vice-governadora e da secretária de Planejamento -, o aumento na gratificação dos delegados de polícia não foi implementado.


Segundo as informações, apesar de todos os desafios, a categoria foi paciente: sentou nas mesas de negociações com o governo e fez campanha de valorização, promovendo os excelentes índices de produtividade no ano de 2023.  Contudo, restou claro que as negociações não avançaram, o que ficou mais evidente durante a solenidade em comemoração aos 148 anos da Polícia Civil.


Vale que não vale

 Conforme um integrante do movimento, “a princípio, o governo do Estado espera que a categoria se contente apenas com o aumento de R$ 500 no vale alimentação concedido a todo o funcionalismo público estadual, que também não alcança delegados e delegadas aposentados”.


Papo Reto

· O Planalto anuncia amanhã nomes das quatro empresas licitadas para combater fake news, todas ligadas ao governo e ao PT, como o ministro Fernando Haddad e a presidente Gleisi Hoffmann (foto), entre outros.

 

· Em artigo científico publicado esta semana na revista americana “The Epoch Times”, Nabin Shrestha, médico de doenças infecciosas em Cleveland, Ohio, e seus coautores, relatam que "o risco de contrair covid-19 esteve 1,5 vezes maior para aqueles que receberam duas doses da vacina, 1,95 vezes maior para aqueles que receberam três doses e 2,5 vezes maior para aqueles que receberam mais de três doses".

 

· Os especialistas concluíram que a imunidade vacinal "é muito menor" que a imunidade natural do organismo humano.

 

· Depois dos governadores do sul, empresários, futebolistas e até alguns artistas, ontem, também o governo Millei anunciou envio de socorro para o Rio Grande.

 

· Já o governo federal antecipou o pagamento de emendas parlamentares para o Estado, num total de R$ 580 milhões para 448 cidades gaúchas.

 

· "Uma gota d'água no oceano", reclamaram opositores do governo Lula, que o acusam de "omissão e pouco caso" com a tragédia, que já rendeu 85 mortes e mais de 201 mil desabrigados.

 

· Acredite, só a reconstrução das rodovias federais gaúchas custará mais de R$ 1 bilhão, diz o ministro dos Transportes Renan Filho. 

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