Vereador Braga toca fogo no "parquinho das mulheres" em Ananindeua ao atacar a comandante da Guarda

Parlamentar do MDB provoca fúria de movimento de defesa de mulheres que exige providências das vereadoras e do prefeito Daniel Santos por suposto discurso machista.

01/02/2024, 09:00
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ascido Ed Wellington de Almeida Pereira, em Peixe-boi, município do nordeste do Pará, no raiar dos anos de 1971, e eleito pela primeira vez em 2008, pelo MDB, em Ananindeua, o vereador Braga empreendeu, neste quarto mandato, conquistado com poucos mais de 3,3 mil votos, uma cruzada considerada “temerária” em defesa de seu secretário de estimação na Segurança Pública, Arlindo Silva, e principalmente por atacar, por motivos nada republicanos, a comandante da Guarda Municipal, inspetora Renata Risuenho.


O vereador Braga, do MDB, é acusado de fazer “carga machista” contra a comandante da Guarda de Ananindeua, Renata Risuenho, para tentar ampliar seu portfólio político, que incluiu o secretário de Segurança, Arlindo Silva/Fotos: Divulgação.

A avaliação, por óbvio, é de adversários políticos do vereador Braga, conhecido e considerado apoiador de ações sociais de longo alcance e de esportes em Ananindeua. Vez ou outra Braga é visto nessas atividades trajando camisa do Flamengo. A ele se atribuem, porém, discursos politicamente incorretos na Câmara, casos que caberiam à Comissão de Ética da Casa avaliar, segundo as regras disponíveis. São, por assim dizer, outros quinhentos.

 

O secretário de Segurança Pública da gestão do Dr. Daniel Santos é formado em Direito pela Escola Madre Celeste, que tem como sócia e fundadora a ex-deputada Nilse Pereira. Arlindo Silva já foi radialista, mas pouco fala no exercício do cargo e é o atual primeiro suplente do senador Zequinha Marinho.

 

Anjo e demônio

 

Nesse cenário, o vereador Braga aparece como “anjo da guarda” do secretário Arlindo Silva, supostamente interessado em estender sua influência política à Guarda Municipal de Ananindeua, a qual atribui, segundo seus adversários, "incompetência" no trato da coisa pública. A Guarda de Ananindeua é comandada atualmente pela inspetora Renata Risueno, contra quem supostamente o vereador Braga dispara um dos seus discursos “politicamente incorretos”. Além de atribuir “incompetência” à gestão da inspetora, Braga costuma dizer que “o comando da Guarda seria do marido dela”, o subcomandante Jalles Souza.

 

Pela culatra

 

Segundo fontes da coluna, Jalles Souza, subinspetor de carreira e subcomandante por indicação política, é ex-marido da comandante e chegou ao cargo por méritos. Renata Risuenho, por sua vez, é uma profissional reconhecida no Estado e no País por sua atuação para o fortalecimento da instituição, sendo inclusive presidente do Conselho de Gestores das Guardas, reconhecida pelo governo do Estado através da Secretaria de Segurança e vice-presidente da Associação de Mulheres Guardas Municipais e congêneres do Estado.

 

A comandante já foi agraciada duas vezes pela Câmara de Vereadores de Ananindeua como destaque na gestão Daniel Santos, o que tornaria o discurso do vereador Braga mera peça retórica para ocupar a vaga, até por tentar atribuir à instituição obrigações inerentes à Secretaria de Segurança do seu apadrinhado Arlindo Silva.

 

Próprio umbigo

 

Movimentos em defesa da mulher já se manifestaram junto ao prefeito Daniel Santos e às vereadoras de Ananindeua pela “inércia diante de um discurso tão descabido” do parlamentar. Braga, por assim dizer, ateou fogo no “parquinho das mulheres”, sem se dar conta de que, na última terça, a concessionária de energia elétrica “passou a tesoura” no fornecimento para a secretaria de Arlindo Silva por falta de pagamento.


 

Papo Reto

 

A bilionária Parauapebas, no sudeste do Pará, vive inédito caos econômico e social, com dívidas de até dois anos com fornecedores, falta de remédio, buracos e lixo nas ruas e o prefeito Darci Lermen (foto) tentando emprestar dinheiro

 

A maioria dos pré-candidatos às prefeituras do Marajó, principalmente os que buscam a reeleição, estão fechados com o governador Helder Barbalho.

 

Em Breves, o prefeito Xarão Leão, do MDB, vai disputar a reeleição contra o deputado Luth Rebelo, da base de apoio de Helder.

 

Em Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa, homem de confiança do governador, prefeito por dois mandatos, disputa contra Valdo Brito, derrotado em eleições anteriores.

 

Em Salvaterra, o ex-prefeito Valentin terá a dura tarefa de vencer o atual, Seu Carlos, que busca a reeleição. Ambos devem ter o apoio do governador.

 

Em Soure, o filho do deputado Iran Lima, Paulo Vitor, deverá concorrer com o candidato Nick do PT, apoiado pelo senador Beto Faro.

 

Paulo Vitor é primo do prefeito atual, Guto Gouvêa, que deixará o cargo após dois mandatos, com aprovação de mais de 80%.

 

Em Muaná, os candidatos Maguila e Neto Cunha, ambos ligados ao governador, deverão ter um embate acirrado como sempre acontece no município.

 

Já em Bagre e Curralinho, municípios administrados por filho, Clebinho, e pai, Clebão, o quadro parece beneficiar a reeleição de ambos, muito ligados ao governador. 

 

Uma comitiva da embaixada da Finlândia, liderada pela embaixadora Johanna Karanko, esteve na Fiepa, ontem, para discutir parcerias e oportunidades comerciais entre o estado do Pará e o país europeu.

 

A reunião foi conduzida pelo presidente da Federação, Alex Carvalho. Segundo Karanko, a ideia é fortalecer a colaboração entre a Finlândia e o Pará com vistas à COP30, em 2025.


País 75% coberto por florestas, a Finlândia oferece oportunidades na área de bioeconomia, mineração sustentável, educação, tecnologias de digitalização, telecomunicações e segurança pública.

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