om risco iminente de ter as duas
pernas amputadas por apresentarem quadro de necrose, a dona de casa Maria
Elizabeth Teixeira Lima, de 66 anos, residente no bairro da Pedreira, aguardou,
desde o dia 17 deste mês, o cumprimento de ordem judicial para a sua
transferência imediata do Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, da travessa
14 de Março, para um hospital de referência da rede pública, mas não resistiu.
Aos familiares, entre eles dois filhos
- um biológico, de 17 anos, outro adotado, já adulto -, a direção do pronto
socorro alegou que a rede pública de Belém está congestionada, daí a
impossibilidade de atender. Por se tratar de uma justificativa recorrente, a
informação soou falta para os familiares. Maria Elizabeth se viu privada de
atendimento adequado e morreu, enquanto a família, envolvida com os funerais
desde ontem, dia do falecimento, ficou de decidir sobre as providências a tomar
para tentar reparar a falha do Estado.
Ouvidos de mercador
A ação, impetrada no 2º Juizado
Especial da Fazenda Pública de Belém por meio de advogado Jonatas Moura Santos,
intimava, desde o dia 17, as secretarias de Saúde do Estado e a de Belém, com
multa diária estabelecida em R$ 2 mil, prevendo o deslocamento da paciente em
caráter emergencial para estabelecimento de saúde da rede privada em caso da
falta de leito no serviço público.
A
petição cita que as duas secretarias “viabilizem a transferência para leito em
clínica médica em hospital de referência no tratamento de infecções de partes
moles de membro inferior...” No trecho seguinte, destaca que a paciente
apresenta diagnóstico de CID E10.5 - referente a diabetes , e está acometida de
infecção no membro inferior - perna esquerda -, com risco de perda em razão de
necrose, necessitando de atendimento imediato para cirurgia vascular e
procedimento de revascularização do membro”.
Uma vida; ponto final
A família entrou em pânico com o quadro
clínico que então afetava as duas pernas e, segundo informações, envolvia uma
bactéria ainda não identificada. Parentes chegaram a procurar o Ministério
Público e a Defensoria Pública do Estado com a ordem judicial nas mãos, mas a
situação, considerada bastante delicada, não teve resolução.
Ontem,
segunda-feira, 29, conforme uma pessoa da família, a paciente, que também era
hipertensa, apresentou evolução do caso que já era grave: “pressão e saturação
baixas, sem se alimentar e sem dormir. Querem levar para a UTI, mas não tem
leito”, disse uma pessoa da família.
Papo Reto
O grupo israelense Elbit Systems ganhou
a licitação - que durou dois anos para ser concluída - para a compra de 36
viaturas blindadas de obuses 155 mm, uma espécie de canhão de grande alcance e
precisão que será utilizado pela artilharia do Exército.
O negócio beira R$ 1 bilhão e o
resultado do certame causou grande irritação no presidente Lula (foto) por
conta das questões geopolíticas, já que o presidente tem feito críticas à
conduta de Tel Aviv no conflito contra o grupo terrorista Hamas.
Finalmente, a Azul vai comprar a Gol,
mas o céu da voadora não é nada azul, dizem os habituais viajantes.
Pesquisadores londrinos
testam a primeira vacina "personalizada" de RNA
mensageiro (mRNA), projetada para combater o melanoma, a forma mais letal
de câncer de pele.
Deu no site Metrópoles: das 27
unidades da federação, 23 estimam que fecharão as contas no vermelho em 2024.
A informação tem base em estudo
realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, com base
na Secretaria do Tesouro Nacional. O valor total do saldo negativo foi estimado
em R$ 29,3 bilhões.
Na lista dos quatro Estados que terão receita suficiente para cobrir as
despesas aparecem São Paulo, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso. O Rio de
Janeiro é a unidade federativa com maior déficit estimado para 2024: R$ 10,4
bilhões, um terço do rombo total.
Estão na pindaíba Minas Gerais, com
resultado negativo de R$ 4,2 bilhões, e Ceará, com buraco de R$ 3,9 bilhões. A
lista dos cinco piores é fechada pelo Paraná e pelo Rio Grande do Sul, com
déficits estimados em R$ 3,5 bilhões e R$ 3,1 bilhões, respectivamente.